Resenha: O Primeiro Estupro- A morte de minha alma – Joaquim Manoel da Silva

O Primeiro estupro - A morte de minha alma: Fragmentos eBook: Silva, Joaquim Manoel da: Amazon.com.br: Loja Kindle

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nome: O Primeiro Estupro – A Morte de minha alma

Autor: Joaquim Manoel da Silva

Editora: Chiado

Nota:

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Sinopse oficial: É uma narrativa baseada em recortes da memória de um menino vítima de violência sexual. A maneira de uma película, as lembranças brotam a sua memória, vívidas: da primeira violação de seu corpo infantil aos 5 anos de idade, até a última aos 13 anos. O tabu do estupro de meninos é abordado de forma crua, através de suas vivências e a hipocrisia de nossa sociedade é revelada na dicotomia antagônica de quem estupra, ao mesmo tempo em que condena, valendo-se de prerrogativas, autoridade e preconceitos.

Minha opinião: Extremamente denso, acredito que não poderia iniciar com outro adjetivo além desse, ou poderia?. É como o autor relata ainda no prefácio; Este livro é um exercício de empatia. Proponha- se a sentir. (…) Não há nenhuma polidez. (…). 2020 foi um ano marcante para a história da humanidade e se não bastasse a pandemia, no Brasil casos de estupros foram divulgados amplamente pela mídia. Infelizmente sempre existiu casos, mas felizmente foram discursados. Desde uma blogueira que foi violentada, até uma criança abusada, que ficou gravida e acabou ganhando os holofotes da grande mídia e gerando opiniões das mais absurdas por parte da população, que se viu no direito de opinar a cerca do caso.

Neste livro o leitor vai mergulhar sobre o silenciamento do estupro de um menino negro, que é violentado diariamente por todos.  O autor brilhantemente deixa tudo tão pavoroso, do qual faz com que o ledor se teletransporte para as cenas horripilantes que o personagem sofre.  Invisível para sua família e silenciado por todos.

“Aos soberbos que se atrevam a falar sobre o estupro, tenham antes seus corpos destroçados, sua alma roubada para depois elevarem a voz…. Como nós, humanos, podemos ser tão cruéis?”

Essa passagem da obra é um sermão necessário aos opinadores de plantão, que adoram apontar o dedo as vítimas e nunca aos agressores. Entre tantos casos de conhecimento do público sempre acabamos trombando com comentários do tipo; “mas também com essa roupa” ” tava dando sopa” e entre outras frases de enojar o ser humano que as emitem.

Uma leitura obrigatória para o momento em que vivemos para entendermos ainda mais o que se passa na vida dessas pessoas violentadas e todas as consequências que geram na vida delas.

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por gabriel